quinta-feira, 10 de maio de 2007

“A vida é um sopro”

por: Michelle Natascha Beckmann

O diretor e roteirista Fabiano Maciel começou, em 1998, uma missão, que depois de quase dez anos, ficou pronta.

Mas queria ele descrever a vida de Oscar Niemeyer talvez não porque seria quase impossível contar, em 90 minutos, um belíssimo projeto arquitetônico de vida, de quase 100 anos... ih, para isso, nem eu imagino quantas películas seriam necessárias.

O documentário é o espelho do criador das mais belas obras arquitetônicas do brasil. e se niemeyer tem um jeito solto e irreverente de falar, nada melhor do que manter o estilo dessa criança “centenária”. o que aliás, faz com que o público dê algumas risadas, tornando o olhar fixo na tela do cinema, um divertido passatempo.

O filme (ou a homenagem, como queira), expõe depoimentos de quem admira e conhece o trabalho do mais famoso arquiteto brasileiro: Nelson Pereira dos Santos, Ferreira Gullar, Carlos Heitor Cony, Chico Buarque, José Saramago, Eric Hobsbawm, Eduardo Galeano (que, alías, tira o telespectador do lugar comum, quando diz que, no dia em que Deus criou as curvas do rio, tentou ser Niemeyer).

Por trás de projetos feitos de concreto, tijolos e lajes, se esconde uma personalidade boêmia e bem-humorada, que revolucionou a arquitetura moderna. Niemeyer vê na profissão uma forma de mudar o mundo, que nos faz insignificantes diante do vasto e indefinido universo. por isso, técnica e cálculo, alidados à criatividade, se colocam, para o arquiteto, como alternativas para que se criar uma sociedade mais justa.

É, caro leitor, devemos ter muito cuidado com cada material que usamos para erguer a nossa trajetória; dia-a-dia. pois se a base construída não for segura, qualquer vento pode derrubá-la. e essa brisa somos nós. por si só, a vida é um sopro.

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1 Comentários:

Blogger 8o JN 1/2007 disse...

Oi Michele,
acho que o titulo poderia ser melhor trabalhado (repete o nome do filme, simplesmente), assim como o texto. Veja bem o lead...
Geane

15 de maio de 2007 às 13:29  

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