O sopro da vida
Cena de "Oscar Niemeyer - A Vida É um Sopro"
Duas histórias se misturam de maneira tão intrínseca que se torna quase impossível diferenciar a ordem cronológica de ambas: a construção de Brasília e a ascensão e glória do ilustre arquiteto moderno Oscar Niemeyer. Relato da vida e da obra do artista, o documentário “Oscar Niemeyer: a vida é um sopro“ confirma a genialidade do artista, hoje com 99 anos de idade, dono de uma memória invejável e uma linguagem única.
O documentário aborda a infância e a adolescência do arquiteto e, posteriormente, abrange sua vida profissional, desde o motivo que o levou a escolher a profissão até os processos de elaboração de seus principais projetos, entre eles a Obra do Berço (seu primeiro projeto), o conjunto arquitetônico da Pampulha, a nova sede federal, o edifício Copan (um dos símbolos da capital paulista), bem como a sede do Partido Comunista Francês e construções em universidade na Argélia, país para onde fora deportado. Constantemente descontraído, Niemeyer fala sobre sua relação com amigos, como Juscelino Kubitschek, mulheres, a arquitetura nacional e transparece não ter superado ainda suas rixas com o célebre arquiteto francês Le Corbusier.
Dirigido por Fabiano Maciel, que também é o roteirista do documentário, os 90 minutos de duração foram produzidos pela Santa Clara Comunicação e filmados em seis cidades do Brasil, além da França, Argélia, Itália e Estados Unidos. O documentarista usa imagens de arquivo, como da época da construção de Brasília, e depoimentos, como do escritor português José Saramago e dos ilustres brasileiros Carlos Heitor Cony e Chico Buarque.
Marcadores: Crítica Niemeyer
1 Comentários:
Boa crítica, concisa e consistente. Mas discordo do peso da abordagem de infância e adolescência no filme...
Geane
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