Oscar Niemeyer – a vida é um sopro
por: Maria Eduarda Borelli
Uma bela aula sobre a arquitetura de Oscar Niemeyer, um dos brasileiros mais conhecidos internacionalmente, dada pelo melhor dos professores, o próprio Niemeyer. O registro de um homem lúcido, que completa cem anos em dezembro, fala com despojamento e poesia de seus valores arquitetônicos e de sua visão de mundo. Este é o grande trunfo do primeiro longa-metragem do diretor e roteirista Fábio Maciel, projeto que lhe foi designado pelo produtor Sacha, idealizador do documentário em 1997, quando era diretor na TVE Brasil.
Entre matérias tele jornalísticas, vídeos institucionais e depoimento de intelectuais, os principais personagens desse documentário são a fala do autor e sua obra. A relação entre os dois deixa claros os objetivos do homem que ama as mulheres e odeia os ângulos retos: a “alegria da forma bela” e a necessidade de fazer “cantar os pontos de apoio”. O resultado é um roteiro de leveza e simplicidade, cuja história é ilustrada apenas pelos impressionantes edifícios projetados pelo arquiteto. E isto já basta para tornar este, um belo projeto.
Mas o filme não é só uma coletânea de imagens de construções e desenhos feitos pelo arquiteto para o espectador, embora isso já seja uma oportunidade inédita para o grande público. O documentário é também uma oportunidade de compreender como pensa uma pessoa tida como gênio. O filme mostra bem como a aceitação da temporalidade de sua vida e obra e a consciência de que na vida “nasceu, morreu, fudeu-se” fizeram com que Oscar Niemeyer tivesse o desejo de não ser mais um. Porém, quem tiver ressalvas a fazer ficará contrariado, já que não existe uma só crítica ou contra argumento a respeito de Niemeyer e suas criações.
A estratégia de publicidade acabou favorecendo o público, pois todos os ingressos para o filme serão gratuitos, na semana de estréia. As cidades do Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre e Brasília serão agraciadas com esta cortesia . Desta forma, espera-se atrair espectadores que não iriam assistir ao filme e conseguir algum sucesso no boca-a-boca.
Na capital mineira, o documentário está em exibição, no Cine Belas Artes, até o dia 27 de abril, às 19h30min. Depois de sexta-feira, os ingressos serão cobrados e o tempo que ele ficará em cartaz dependerá do sucesso com o público.
Marcadores: Crítica Niemeyer
3 Comentários:
você encontrou um bom ´tom´ para sua crítica, mas escorregou em uso de vírgulas, concordâncias... cuidado com o texto!
Geane
Muito bom, Maria Eduarda!
Só tomar cuidado para a afirmação forte das junções serem inéditas e de "O documentário" e "O filme" apresentarem-se diversas vezes ;)
Meu voto vai para você!
a crítica postada em meu blog:
http://dududica.blogspot.com/2007/04/oscar-niemeyer-vida-um-sopro.html
maria eduarda
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