segunda-feira, 7 de maio de 2007

Documentário mostra a vida e obra do principal expoente da arquitetura brasileira

por: Leandro Maia

“Fodido não tem vez”. Essa frase é considerada por Oscar Niemeyer como uma das poucas coisas certas da vida. O arquiteto soltou essa frase quando falava das pessoas que criticam suas obras por serem muito elegantes e sem utilidade para as pessoas de classe baixa tornando-se apenas um objeto de contemplação que muitas vezes nem é compreendido. Com essas e outras passagens, o documentário mostra o humor irônico e a impaciência do arquiteto que completa 100 anos em dezembro.

O longa-metragem, Oscar Niemeyer – A vida é um sopro, do diretor Fabiano Maciel, teve uma estratégia de divulgação um pouco incomum. O distribuidores compraram os ingressos de seis cinemas no país onde o filme está em exibição nessa primeira semana, para incentivar o comparecimento de espectadores pensando na contribuição espontânea gerada pelo comentário boca-a-boca.

O diretor começou a produzir o documentário em 1997, a partir da captação de depoimentos do arquiteto, mas só consegui terminá-lo dez anos depois por falta de patrocínio para bancar o restante que incluiu várias viagens brasileiras e estrangeiras onde Oscar Niemeyer realizou obras.

O documentário é uma clara defesa da arquitetura, principalmente a brasileira, onde o personagem é o principal expoente, que vem sendo esquecida e se tornado uma cópia de obras já realizadas. Niemeyer exemplifica essa decadência citadando a Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, que tem vários prédios “sem forma, parecendo um caixote e com varandas sem funcionalidade” onde também encontra-se um shopping center com uma réplica da Estádua da Liberdade”.

Niemeyer reclama das pessoas que querem uma explicação para os seus projetos. Ele diz que as obras não tem que ser explicadas e sim admiradas e utilizadas. Segundo o arquiteto, ele é questionado porque a praça dos Três Poderes não tem árvores. Niemeyer responde que é uma praça cívica onde o elementos da arquitetura são o que importa e que as árvores dariam sombra, mas esconderiam o principal, os prédios dos poderes.

Fabiano Maciel conseguiu fazer com que o arquiteto comenta-se de um assunto sobre o qual fala raras vezes, o projeto arquitetônico da sede da ONU, em Nova York. Niemeyer e e o arquiteto francês Le Corbusier, apresentaram projetos para a construção da sede em 1947, e o projeto do brasileiro foi o escolhido, mas por sugestão do francês houve uma modificação na localização de um prédio. Esse fez com que essa parceria rendesse mais reconhecimento a Le Corbusier. Esse momento é registrado no filme, por uma foto onde o francês recebe o prêmio pelo projeto.

O filme está em cartaz com sessão gratuita, nessa primeira semana, em apenas um cinema de Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Curitiba e Porto Alegre.

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2 Comentários:

Blogger 8o JN 1/2007 disse...

Boa crítica, mas experimenta pouco o recurso do hipertexto.
Geane

9 de maio de 2007 às 13:11  
Blogger Unknown disse...

ola sou Andreza Santos de Jesus Vilella e queria saber o horario da visita ao museu os dias e quanto paga. Queria também ter uma conversa com vocês sobre o meuseu o meu msn é este {sonhos-77@hotmail.com}por favor entre em contato comigo.
OBRIGADA

19 de março de 2009 às 08:38  

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